Todo conhecimento é válido

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Futilidade? Jamais! Depois de estudar interpretação, estou chegando à conclusão de que todo conhecimento é válido, por mais superficial que seja. Minha horas de novelas e desenhos na infância não foram em vão, não senhor. Vai que surge um comentário em uma palestra sobre uma música da Xuxa, sabe? Tá aqui, guardado na minha cachola.

Todo conhecimento é válido para intérpretes

Fiz uma cabine ontem que me fez me dar conta que tudo o que sempre dizem sobre a importância de um intérprete estar a par de toda e qualquer informação faz todo o sentido. Posso dizer que desde que comecei a mexer com isso, nada mais me parece fútil. Portanto, todas as tardes que passei assistindo E! Entertainment Television não foram (completamente) em vão, quem diria.

Na palestra de ontem, por exemplo, o orador mencionou, entre outros assuntos que não me vêm agora: Gangnam StyleDom Quixoteeleições italianassistema educacional francêsmulticulturalismo canadenseFree HugstelégrafoGoogle GlassDescartesprimeira e segunda guerrassistema límbicoGutemberg.

Teve também o momento “É que nem aquela piada que diz…” quando todo intérprete entra em pânico pensando “Ai meu Deus e se não tiver graça na outra língua?”. Para a nossa sorte, o pessoal deu uma risadinha, ufa. Mas já ouvi muitos casos de intérprete que pediu no ouvido da plateia para o pessoal rir para não deixar o orador sem graça. Ossos do ofício.

Esclarecimento

Longe de mim dizer que a futilidade está liberada, nada de “esqueçam as ciências e os estudos clássicos!”. Só acho que temos o mau hábito de desdenhar certos tipos de conhecimento em nome da erudição. Todo tipo de conhecimento é válido no sentido de sabermos separar o joio do trigo. Não é pela simplicidade de algo que ele passa a ser menor ou sem importância. Cabe a nós aproveitar tudo que temos disponível nessa sociedade vasta e rica em culturas mil.