Tudo o que você queria saber sobre CAT Tools

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Em dúvida? Com angústia? Sem ideia sobre como entrar no mercado de tradução e entender essas tais CATs para poder traduzir? Você está no lugar certo. Leia a seguir tudo o que você queria saber sobre CATs e tinha vergonha de perguntar.

Para começo de conversa

Começando pelo começo: você recebeu um trabalho para traduzir, em .doc, precisa devolver em .doc. Deixa eu adivinhar: vai abrir o Word e começar a traduzir na linha de baixo? Pare onde está, por favor. Isso é coisa do tempo da sua avó.

Se nunca tiver visto uma CAT Tool antes, visite os sites do Wordfast Anywhere ou do Memsource. São duas plataformas online de inscrição gratuita que funcionam muito bem como CATs, apesar de terem recursos restritos pela condição gratuita. Ali, você vai encontrar a estrutura básica de uma CAT Tool, ou programa de tradução assistida por computador.

O documento

O primeiro passo é fazer o upload do documento a ser traduzido e indicar os idiomas origem e final. A partir daí, ele vai ser dividido em segmentos de tradução – em geral frases, pequenos parágrafos ou títulos. Esses segmentos vão ser armazenados na…

…TM, translation memory, a velha “memória de tradução”.

Nesse momento, você vai ter que criar essa TM para que os segmentos do seu texto sejam armazenados nela e, desse modo, possam te poupar trabalho de traduzi-los futuramente. Explico melhor: vamos supor que seu documento tem um índice. No começo, você vai traduzir o título do índice, sem problemas, mas quando o título surgir novamente no meio do texto, não vai ser necessário traduzi-lo novamente. Como assim? Porque a TM vai “puxar” essa sua tradução inicial. Ou seja, vai mostrar para você neste novo segmento o texto já traduzido, sugestão do computador, ops, da TM mesmo. Ela também pode puxar segmentos quase iguais ou 75% iguais, por exemplo, para te economizar umas boas tecladas. Tudo depende da configuração que você fizer nela. Não se preocupe, isso é tudo muito intuitivo, com o tempo você aprende como fazer. Outro aspecto a se configurar são os…

…Glossários.

Vamos supor que esse primeiro documento esteja dentro de uma série de outros que ainda virão a ser traduzidos. Você tem a possibilidade de montar um glossário desse projeto, mas não é obrigatório. Mas olha, recomendo: assim não vai precisar gastar energia lembrando se traduziu contrato por agreement ou contract, por exemplo. E quando eu digo “não precisar”, você não precisa mesmo, porque a CAT vai te alertar que aquele termo está no glossário e só vai ser necessário apertar um botão para inserir o termo no segmento a se traduzir. Olha a economia de tecladas novamente! Você pode criar seus próprios glossários por tema. Quando surgir outra tradução, sei lá, de finanças, você vai poder usar o glossário que criou nessa tradução de agora e economizar pesquisas futuras.  Próximo passo…

…Corretor ortográfico.

Na maioria das CATs e no Word, o comando da correção ortográfica é o F7. Aperte como quem não quer nada e surpreenda-se com a quantidade de errinhos que passam. É impressionante. Os tradutores mais experientes ainda são humanos, então dá-lhe erro de digitação ou trocas de palavras que às vezes nem o corretor pega. Não deixe de fazer uma revisão por conta própria também.

Tradução pronta: exportar arquivo!

Pronto, agora é só exportar o seu documento no formato original. Agora você tem uma TM abastecida, um glossário para uso em diversas outras ocasiões e seu documento perfeito, só com o detalhe de estar em outra língua. Talvez seja o caso até de considerar o investimento em uma CAT Tool paga (Wordfast? Trados? memoQ?) que têm versões trial em média por 30 dias e olha, bem mais recursos legais.

Mas isso é assunto pro próximo post 😉