"Traduzir é conviver"
Guimarães Rosa
A Tradutora
Um pouco da minha carreira de dedicação e amor pelo que faço
Quando eu passei no vestibular para Letras-Tradução na UnB, na reunião de calouros o diretor do curso explicou que tradutor é aquela pessoa super curiosa, que não se contenta em saber algo, tem que pegar para analisar, ler a bula, ver os detalhes. Me identifiquei de imediato. Minha mãe me chama de Marina Papelzinho porque eu sempre estou anotando alguma coisa, querendo decorar uma informação importante. Traduzir é isso: é explicar em outra língua o que queremos dizer com a nossa. Já tive que explicar que queijo catupiry é um tipo de queijo cremoso em inglês, já pesquisei em espanhol se eles têm feiras livres e itinerárias como as nossas, ou só aqueles mercados hortifruti fixos – só para dar exemplos bem simples. Minha rotina como tradutora é descobrir como as pessoas de outros países fazem praticamente a mesma coisa que a gente, só que em outra língua. Sempre com um cafezinho do lado, é claro.
Estudei teoria da tradução, bastante inglês, literaturas nos dois idiomas, aprendi sobre a cultura dos países anglófonos e fiz práticas de textos gerais, literários, jurídicos, econômicos, técnicos e científicos, traduzindo do inglês para o português e vice-versa. Olha que bonitinha eu de beca na ocasião...
Traduzia e revisava textos informativos, artigos jornalísticos, laudos médicos, correspondências oficiais e qualquer tipo de documento necessário ao expediente da Embaixada. Toda a produção passava por revisão do Tradutor Sênior da Embaixada (obrigadíssima, Luiz!) e o chá era divino, claro.
Eu era uma das responsáveis por serviços referentes à acomodação, ao transporte e tudo mais necessário para a delegação argentina nos Jogos. Sim, eu que escolhi trabalhar para os hermanos, queria muito praticar meu espanhol. Busquei muito atleta no aeroporto, resolvi problema de ralo entupido – mas, infelizmente, o Messi não foi para os Jogos. Realizei serviços adicionais de tradução e interpretação espanhol-português usando um Nextel, lembra? Deu trabalho entender o sotaque com aquele chiado todo (não disse de quem).
Trabalhei como secretária bilíngue, fazendo traduções e/ou revisões de documentos relacionados a obras: quantitativos, memoriais descritivos, especificações técnicas. Cheguei a ir no canteiro de obras – pensa numa aventura para alguém de Letras! Também traduzi para o inglês e o espanhol o portfólio de obras da empresa. Sempre tinha uma confraternização com os colegas, essa era a hora mais divertida.
Comecei como tradutora e, mais tarde, também revisava textos de assuntos bem variados, como petróleo e gás, segurança do trabalho, engenharia civil, recursos humanos, contratos, procurações, patentes, documentos acadêmicos, apresentações corporativas e manuais técnicos. Foi o período em que mais aprendi a não ter receio de traduzir qualquer tipo de conteúdo, contando sempre com a ajuda de diversas parceiras tradutoras. Na foto, a gente tomando um lanchinho na Colombo.
Aprendi a fazer interpretação simultânea e consecutiva, ou como vocês devem conhecer: tradução simultânea. Foi trabalhoso aprender a traduzir palestras sobre ciência, religião, medicina, meio ambiente, história e filosofia em português, inglês e espanhol, mas deu tudo certo no final.
Foi quando comecei a trabalhar por conta própria, oferecendo serviços de tradução, revisão e legendagem (transcriação e copywriting vieram mais tarde) nos idiomas português, inglês e espanhol. Também faço tradução de roteiros, legendagem de filmes para YouTube e Instagram, curtas e longas-metragens, material didático, portfólio de obras, pedidos de patente, contratos sociais, publicações acadêmicas, documentos e filmes corporativos. Já escrevi para um blog sobre e-commerce e marketing também.
Já fazia traduções de e para o espanhol, mas quis buscar formação específica para me sentir mais segura em minhas escolhas. Fiz a pós a distância da Estácio e estudei espanhol mais a fundo, poli meus conhecimentos de legendagem, montei uma empresa de mentirinha para simular uma agência de tradução de verdade e fiquei mais apta a atender as demandas dos clientes desse idioma vizinho nosso.
Querendo me atualizar em um mercado com conteúdo cada vez mais online, fiz dois cursos livres na Lapa Comunicação para entender um pouco mais sobre a produção escrita na Internet – um de SEO em 2020 e outro de Webwriting em 2021. Acho que o tradutor tem que estar sempre atento às novidades do mundo do conteúdo web se quiser estar a par das novidades do mercado.
Serviços
Conheça os tipos de trabalhos que desempenho e faça sua escolha
Tradução e Versão
Traduzo textos do inglês ou do espanhol para o português ou o contrário (tradução do português para os idiomas estrangeiros). Para citar alguns tipos de documentos que já traduzi, segue a lista: artigos acadêmicos (de geologia, jurídicos, psicologia, sociologia), resumo de monografias, dissertações e teses, roteiro para cinema (pelas minhas contas, mais de uma dezena deles), releases, contratos, pedidos de patente, demonstrações financeiras, material didático, quantitativo, memorial descritivo e especificação técnica, portfólio de obras, carimbo de desenhos, cardápios, posts de blog, comunicações corporativas, e-mails, atestados médicos, manual técnico, levantamentos.
Revisão
Faço revisão ortográfica e gramatical de textos em português ou inglês, obedecendo à Nova Revisão Ortográfica da Língua Portuguesa e verificando quesitos como regência, sintaxe e coerência. É um tipo de serviço indicado principalmente para autores de trabalhos acadêmicos, especialmente aqueles em busca de publicação de periódicos científicos internacionais. Já serviços de formatação de ABNT e APA, é melhor procurar outro profissional.
Legendagem
Faço legendagem nos três idiomas, obedecendo às convenções de tempo e tamanho de legenda. Em geral legendo filmes, apresentações ou produções menores, como reels e campanhas para o YouTube, seja para conteúdo em língua estrangeira ou legendas em português para questões de acessibilidade. Entrego seu filme com a legenda embutida ou somente o arquivo srt.
Transcriação
Qual é a diferença da transcriação para a tradução? Simples, a transcriação foca mais na criatividade das escolhas. É uma tradução mais trabalhada, por assim dizer – em geral, o tradutor entrega uma opção em sua língua nativa e o cliente a retraduz de volta para o idioma anterior, para verificar se a essência do conteúdo foi mantida. Costuma ser uma opção válida para a tradução de slogans ou conteúdos mais informais, preocupados com o público-alvo final.
Copywriting
Tenho experiência na criação de conteúdo para blogs e publicações online. Com o auxílio de ferramentas de SEO e webwriting, posso ser a voz da sua marca em português para atingir o público brasileiro.
Blog
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